Paulo Figueiredo Filho
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Artigo Glenn Greenwald na Folha: Moraes não tem autoridade legal para ordenar censura

Este artigo foi (incrivelmente) publicado na Folha de São Paulo no dia 16/06/23.

Por Glenn Greenwald.

Um juiz agindo sozinho como censor chefe é o auge dos valores antidemocráticos

Como ocorre com regularidade no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), emitiu uma ordem na terça-feira (13) exigindo que todas as plataformas da internet banissem um cidadão brasileiro, sob o argumento, decidido por conta própria, sem julgamento ou qualquer outro processo, de que ele estaria "divulgando informações fraudulentas". O mais recente alvo do ministro é o podcaster Monark, que Moraes já havia proibido de falar na internet.

A ordem obriga Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Rumble e Discord a banir imediatamente todas as páginas do podcaster. O não cumprimento imediato resulta em multa diária de R$ 100 mil.

O novo pedido de Moraes é virtualmente idêntico ao que ele emitiu contra Monark no início de janeiro. Obtive uma cópia exclusiva daquela decisão e tratei extensivamente desse assunto em meu programa noturno no Rumble, uma das plataformas atingidas.

Naquela ocasião, Moraes ordenou que as mesmas plataformas, com o acréscimo do YouTube, banissem imediatamente várias páginas de pessoas como Monark e parlamentares eleitos —incluindo o senador Alan Rick (União-AC) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Além da censura em si, o que mais chamou a atenção foi a total falta de devido processo legal, direito fundamental garantido pelo artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal de 1988.

A ordem de Moraes em janeiro foi dada sem qualquer provocação do MPF (Ministério Público Federal) ou de qualquer outra instituição —uma prática recorrente, como ao proibir no mês passado que Google e Facebook criticassem a PL das Fake News.

Aqueles que foram silenciados não receberam avisos da ordem de censura, muito menos tiveram a oportunidade de contestá-la. Moraes exigia que as plataformas "tomassem medidas para manter a confidencialidade" da decisão.

Além dos problemas de censura e devido processo legal, levanta-se novamente a questão fundamental: que autoridade legal o ministro Moraes possui para ordenar plataformas de tecnologia a proibir cidadãos brasileiros de serem ouvidos?

Mesmo que alguém comemore o fato de Monark e outros serem silenciados, é absolutamente crucial para uma democracia saudável que um juiz ou qualquer outro funcionário tenha o respaldo legal para emitir ordens. Sem isso, a ação de Moraes é, por definição, um grave abuso de poder, uma violação ao Estado de Direito e uma ameaça antidemocrática.

A linguagem usada por Moraes, tanto no despacho de janeiro quanto no mais recente, acompanha claramente a resolução 23.714/22 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que conferiu ao presidente do tribunal (o próprio Moraes) poderes para exigir de plataformas a remoção de "desinformação, caracterizada pela publicação contumaz de informações falsas ou descontextualizadas sobre o processo eleitoral". A justificação desses poderes extraordinários era a necessidade de proteger a "integridade do processo eleitoral".

Mesmo quando confinado apenas ao segundo turno da eleição presidencial, esse poder —que permitia a um único juiz, por conta própria, ordenar a censura de reportagens— já era extremamente controverso.

Inúmeros artigos na mídia internacional alertaram que a resolução era perigosa, dois deles publicados no New York Times (com os títulos "Para combater mentiras, o Brasil dá poder a um homem sobre o discurso online" e "Para defender a democracia, o Supremo Tribunal Federal está indo longe demais?" ).

Textos semelhantes na Associated Press ("A cruzada de um juiz testa limites da liberdade de expressão no Brasil" ) e no The Washington Post notaram o quão extrema foi essa medida de censura.

No Brasil, contudo, a maior parte da mídia corporativa aplaudiu os novos poderes de censura e a forma como eles foram usados —da mesma maneira que aplaudiu praticamente todas as ações igualmente extremas do ex-juiz federal Sergio Moro na Lava Jato.

Talvez o alerta mais eloquente e enfático no país contra a medida tenha vindo de uma ministra do STF. No dia em que a resolução de censura do TSE foi adotada, Cármen Lúcia descreveu uma das decisões tomadas como "um caso extremamente grave, porque de fato nós temos uma jurisprudência no STF, na esteira da Constituição, no sentido de impedimento de qualquer forma de censura".

Ela ainda alertou que "medidas como essas [podem] ser um veneno ou um remédio". Explicando que esses novos poderes "me preocupam enormemente", ela declarou: "não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil".

Para amenizar as preocupações generalizadas de que o Brasil estava novamente se tornando um país de censura, Cármen Lúcia garantiu que a medida era temporária, a ser usada apenas durante as eleições de 2022. Esses poderes extraordinários de censura, ela deixou claro, expirariam imediatamente após o término da disputa. "É um caso específico em que estamos na iminência de ter o segundo turno das eleições," a ministra disse. "A inibição é até o dia 31/10, exatamente um dia subsequente ao do segundo turno."

Essa afirmação de Cármen Lúcia se baseou na linguagem clara do texto da resolução do TSE, em cujo subtítulo lê-se: "dispõe sobre o enfrentamento à desinformação que atinja a integridade do processo eleitoral".

Era o entendimento comum e amplamente aceito de que os poderes extraordinários conferidos a Moraes expirariam após as eleições. Um especialista em direito eleitoral citado pela BBC Brasil, o advogado Alberto Rollo, defendeu amplamente a resolução. "Acho que isso mostra uma preocupação extrema do TSE nessa última semana de campanha [...]. É elogiável querer proteger o eleitor contra fake news." E acrescentou: "Mas é discutível mudar a regra do jogo aos 40 minutos do segundo tempo".

Na época em que a resolução foi aplicada para desmonetizar vários canais do YouTube, o site jurídico Jota também deixou claro o entendimento comum de que esses poderes cessariam quando as eleições terminassem. "A ministra Cármen Lúcia destacou que há jurisprudência no Supremo Tribunal Federal impedindo a censura, mas ela entendeu que, em nome da lisura eleitoral e da situação excepcionalíssima, a exibição do documentário [ "Quem Mandou Matar Jair Bolsonaro?", da produtora Brasil Paralelo] pode ficar suspensa até 31 de outubro."

O site também jurídico ConJur explicou que o objetivo da resolução do TSE era "conter a explosão do uso de desinformação para desequilibrar o debate no segundo turno das eleições presidenciais".

Quando o STF decidiu aprovar a resolução, o Jota a descreveu como "o poder de polícia da Corte Eleitoral no combate às fake news nas eleições de 2022". Citou o ministro do STF Edson Fachin ao enfatizar a natureza temporária do poder: "A disseminação de notícias falsas, no curto prazo do processo eleitoral, pode ter a força de ocupar todo o espaço público, restringindo a livre circulação de ideias".

A caducidade da resolução após as eleições era também o pressuposto da recente e fracassada tentativa de aprovar no Congresso o PL das Fake News. Um dos propósitos centrais desse projeto de lei era conferir ao Judiciário os mesmos poderes que Moraes está exercendo agora: ordenar, por conta própria, a remoção de discursos na internet considerados falsos.

Se o PL das Fake News tivesse sido aprovado, Moraes claramente teria embasamento legal para emitir tais ordens. Como isso ainda não ocorreu, não há respaldo para as decisões do ministro.

O que realmente ocorre aqui é tão claro quanto perturbador. Durante a Lava Jato, muitas figuras políticas e meios de comunicação ficaram felizes com os resultados das decisões de Sergio Moro, sem se importar com os inúmeros abusos. A mentalidade dos defensores da Lava Jato era a de que "os fins justificam os meios". Enquanto os "maus" iam para a prisão, poucos se importavam com os princípios legais, vistos como uma trivialidade irrelevante.

A mesma visão prevalece agora. Quem questiona a autoridade legal de Moraes é acusado de "defender os terroristas" —assim como os que questionaram Moro foram acusados de "defender os corruptos".

Como suas ordens de censura e prisão normalmente visavam inimigos de facções do establishment, tanto na política quanto na mídia, Moraes se transformou no tipo de herói que Moro era. Poucos se importam se ele tem autoridade legal para emitir as ordens que impõe. Os resultados —os fins— justificam quaisquer meios que ele use.

No entanto, Moraes se tornou tão radical que até alguns de seus defensores mais entusiasmados estão finalmente questionando se ele foi longe demais. Segundo o jornal O Globo, até "membros da cúpula petista e advogados auxiliares ao partido têm externado, em conversas reservadas, certa preocupação com os poderes" do ministro.

Apesar do "reconhecimento de que o magistrado teve papel essencial na manutenção da democracia e na realização das eleições de 2022 que elegeram Lula", os petistas temem que "o ministro, em algum momento, mire integrantes do partido e do próprio governo", diz o jornal.

Nenhuma democracia pode sobreviver à mentalidade de que "os fins justificam os meios". Não existe ordem judicial positiva ou sã sem fundamento legal, por mais desprezo que se tenha pelo punido.

Assim como não se pode salvar uma aldeia destruindo-a, assim como a Lava Jato não conseguiu combater a corrupção por métodos corruptos, não se pode salvar a democracia com meios antidemocráticos. Um juiz agindo sozinho como censor chefe, sem autoridade legal, é o auge dos valores antidemocráticos.

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Democratas Sinalizam Que Podem Não Aceitar Uma Vitória de Trump em 2024
Vários Democratas da Câmara sinalizaram que não certificariam uma vitória presidencial de 2024 de Donald Trump, baseando-se na 14ª Emenda para reivindicar que Trump é um golpista e, portanto, inelegível para ocupar o cargo.

Democratas incluindo os Representantes James Clyburn (SC), Jamie Raskin (MD), Adam Schiff (CA), Eric Swalwell (CA) e até o Líder da Minoria da Câmara, Hakeem Jefferies, recusaram-se a dizer que certificariam Trump no cargo se ele vencesse a eleição de 2024.

Como Dan McLaughlin explicou no National Review, os Democratas poderiam ter os votos para sustentar uma objeção a uma vitória de Trump se assumirem o controle da Câmara.

“Apenas uma maioria simples é necessária, e ao contrário de quando a Câmara escolhe um presidente sob a Décima Segunda Emenda, eles não votam por estados,” ele escreveu. “Diferente de 2016 ou 2004, quando estavam na minoria, os Democratas da Câmara poderiam estar brincando com munição de verdade.”

Ainda assim, a maioria dos senadores também teria que objetar a uma vitória de Trump. Isso provavelmente exigiria 51 senadores, e como McLaughlin apontou, isso seria uma tarefa difícil para os Democratas:

“Eles têm que manter cada assento que atualmente ocupam (boa sorte em West Virginia), ou tomar um assento mantido por um Republicano (o mais azul dos quais é ou de Ted Cruz no Texas ou de Rick Scott na Flórida),” ele disse.

Uma maneira potencial de contornar parte desse caos repousa na Suprema Corte, que ouviu argumentos orais mais cedo este mês em Trump v. Anderson, um caso sobre se um estado, neste caso Colorado, pode manter Trump fora da cédula com base na 14ª Emenda. Se a alta corte der clareza sobre a questão da elegibilidade de Trump, especificamente que ele é elegível, então os Democratas não teriam espaço para objetar com base nisso.

Os argumentos, até agora, têm sido favoráveis a Trump. Quase todos os juízes, incluindo os liberais, pareciam extremamente desconfortáveis em se aliar ao Colorado com base na Seção 3 da 14ª Emenda. Notavelmente, essa provisão foi promulgada imediatamente após a Guerra Civil em um esforço para impedir qualquer pessoa que se envolveu em uma “insurreição” de ocupar um cargo.

O advogado Jonathan Mitchell, que argumentou em nome de Trump, argumentou que a Seção 3 não menciona “presidente”, mas sim um “oficial dos Estados Unidos”, o que ele diz incluir funcionários nomeados, não eleitos. Outro argumento centrava-se em torno do Colorado adicionando uma qualificação a Trump ao considerá-lo um insurrecional e então desqualificá-lo antes da eleição.

Algumas das maiores resistências às reivindicações do Colorado vieram da Juíza Elena Kagan.

“Por que um único estado deveria ter a capacidade de fazer essa determinação não apenas para seus próprios cidadãos, mas também para a nação?” ela pressionou a equipe legal do Colorado.

 

“Isso soa terrivelmente nacional para mim... se você não fosse do Colorado, e você fosse de Wisconsin, ou você fosse de Michigan, e o que o secretário de estado de Michigan fez vai fazer a diferença entre se o candidato A é eleito sobre o Candidato B? Isso parece bastante extraordinário.”

 

 

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Urgente! Jornalista português é detido pela Polícia Federal brasileira em Guarulhos
Sérgio Tavares é conhecido como o "Allan dos Santos" de Portugal está no Brasil para cobrir as manifestações da Av. Paulista

Sérgio Tavares, um reconhecido jornalista português, foi detido pela Polícia Federal do Brasil na manhã de hoje, ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos. Tavares viajou ao Brasil com o propósito de cobrir as manifestações previstas para ocorrer na Avenida Paulista nesta tarde.

O passaporte português do jornalista está retido pelas autoridades brasileiras. Até o momento, não foi apresentada nenhuma justificativa oficial para a detenção do cidadão português, um fato que já ganhou repercussão na internet, mas parece ser negligenciado pela mídia tradicional, tanto brasileira quanto portuguesa.

Um advogado já se encontra no aeroporto em defesa de Tavares, e a embaixada de Portugal no Brasil foi acionada para acompanhar o caso.

Recentemente, Tavares fez uma declaração pública através das redes sociais: "Estou sendo interrogado pela Polícia Federal sobre declarações minhas sobre urnas, fraude eleitoral, ditadura do judiciário e vacinas. Por orientação do advogado de defesa, mantenho-me em silêncio. São Paulo, 10:14".

O caso segue em desenvolvimento, enquanto a comunidade internacional aguarda mais informações e possíveis desdobramentos sobre a situação do jornalista português em território brasileiro.

Atualização 11:00: o jornalista foi liberado, mas o abuso de autoridade permanece. Ele foi convidado a participar do Paulo Figueiredo Show da próxima terça-feira. 

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Tensão: Exército prepara celas para eventual prisão de Bolsonaro e militares, diz site
Preparativos no Quartel: Alojamento Militar Pronto para Eventuais Detenções de Alto Escalão

Em um contexto de investigações intensificadas e depoimentos programados para a próxima quinta-feira, o Exército Brasileiro organizou uma nova área de detenção para abrigar indivíduos detidos por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta medida ocorre em uma semana de atividades aceleradas no Quartel General em Brasília, onde está prevista a tomada de depoimentos de oficiais de alta patente sob suspeita de envolvimento em atividades consideradas conspiratórias.

O líder militar Tomás Paiva supervisionou a preparação para acomodar possíveis detidos.

Conforme revelado por uma fonte de alto escalão do Exército ao veículo Radar, um espaço específico no Comando Militar do Planalto, situado dentro do Quartel General, foi adaptado para servir como local de detenção.

"É crucial estarmos preparados. Considerando o status dos possíveis detidos, precisamos oferecer uma infraestrutura adequada, especialmente porque estamos sujeitos à inspeção do STF logo após as detenções", explicou o oficial ao Radar.

A expressão "antiguidade" no contexto militar refere-se aos generais e outros oficiais de alta patente, destacando que até o ex-presidente Jair Bolsonaro, que detém a patente de capitão, teria direito a ser detido em uma instalação militar.

Inclusive aliados de Bolsonaro, antecipando uma possível ordem de detenção por parte de Moraes — "com ou sem embasamento legal", conforme eles apontam —, veem o Quartel General do Exército como o local adequado para a custódia do ex-presidente em caso de prisão.

Dentre os investigados pelo STF, estão figuras como os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e outros oficiais que foram implicados em comunicações suspeitas ou mencionados por Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro que colaborou com a Polícia Federal por meio de um acordo de delação.

 

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