Paulo Figueiredo Filho
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Comunidade de apoio ao jornalista Paulo Figueiredo. Empresário/Economista/Jornalista. Relações Internacionais na London School of Economics, US Government e Negociação em Harvard, Economia no MIT.
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Artigo: Narrativa (mentira) e Realidade - Um panorama da situação brasileira

Por Márcio Amaro.

A ideia de que vivemos em um mundo fluído, em que até mesmo a realidade aparente pode ser manipulada por intermédio de narrativas, parece recente, mas é tão antiga quanto o pensamento humano.

Não foi Bauman, o filósofo da pós-verdade do século XX, o primeiro pensador a descrever a instabilidade das coisas, tangíveis ou intangíveis. A originalidade dessa ideia coube a Heráclito, que quinhentos anos antes de Cristo já a definia em seu célebre aforismo Panta rei os potamós – tudo flui, como um rio.

Diante dessa realidade, percebemos que a História serve, desde sempre, aos seus senhores. Não foram as redes sociais, nem tampouco os jornalistas perseguidos, presos ou banidos que inauguraram a prática de difundir versões destoantes da verdade oficial. Aliás, por regra, a absoluta verdade geralmente não encontra amparo naquilo que é informado por agências subordinadas ao poder, quer sejam oficiais ou submetidas a um aluguel de ocasião.

Quanto mais concentrado o poder, quanto mais evidente a opressão, quanto maior o arbítrio de autoridades, tanto maior será a possibilidade daqueles que transmitem com fidelidade os fatos serem calados, terem o exercício de seu ofício proibido e suas liberdades e direitos suprimidos.

Hoje, no Brasil, vivemos um momento muito triste de nossa História. Um momento inédito, em que um dos poderes constituintes do Estado vive um declarado processo de ascensão, sobrepujando os demais poderes e se opondo não apenas à Constituição Federal quanto à própria concepção de Estado Moderno, como definido por Charles-Louis de Secondát, Senhor de La Bréde e Barão de Montesquieu, segundo o qual a tripartição dos poderes impunha a existência de entes independentes e harmônicos, desempenhando com o mesmo nível de autoridade cada uma das três funções exigidas do Estado Moderno: legislar, gerenciar e prover tutela jurisdicional.

Diante de evidentes abusos, alguns representantes do poder legislativo tentam se opor aos desmandos em curso e, como minoria, se utilizam de um dos mais importantes instrumentos disponíveis: as Comissões Parlamentares de Inquérito.

Atualmente temos três CPIs de absoluta importância em curso no Congresso Nacional e que podem trazer luz a diversos aspectos que têm sido mantidos na obscuridade obsequiosa a um governo acreditado ilegítimo por boa parte da população, senão pela maioria:

  • A CPI das ONGs da Amazônia, sob a presidência do Senador Plínio Valério;
  • A CPI do MST, sob a presidência do Deputado Ten Cel Zucco; e
  • A CPMI dos Atos de 8 Jan, sob a presidência do Deputado Arthur Maia.

Ainda que todas essas Comissões sejam extremamente relevantes para impor freios e contrapesos a ações deletérias contra nossa Democracia, até mesmo em virtude de narrativas impostas pelo governo e pela mídia aliada, a Comissão Mista, incluindo membros da Câmara e do Senado, merece uma atenção redobrada de nossa sociedade, a fim de que não nos deixemos enganar mais uma vez.

Algumas versões que o consórcio PT-STF-Mídia tenta nos impor já foram desconstruídas pelo trabalho de dedicados Deputados e Senadores. Outras informações ainda devem ser buscadas para que seja restabelecida a justiça no Brasil.

O que já sabemos:

  • o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) é formado por diversas agências, incluindo FFAA, PF, PRF, ABIN...
  • O órgão centralizador do SISBIN é o GSI;
  • A atividade de inteligência se destina a embasar a tomada de decisão do cliente;
  • No caso do SISBIN o cliente é o presidente da república, atualmente o ex-presidiário;
  • O GSI consolida todas as informações geradas pelo SISBIN e apresenta ao cliente de acordo com o princípio da Oportunidade;
  • Para tanto é estabelecido um canal oficial e um técnico, mais ágil;
  • O GSI recebeu 33 alertas das agências do SISBIN sobre o que iria acontecer em Brasília;
  • O ex-ministro do GSI alega que ignorou esses alertas porque foram enviados pelo canal técnico;
  • Ainda assim o cliente decidiu se evadir do Teatro de Operações;
  • O ex-ministro do GSI estava presente no momento dos atos típicos e antijurídicos, sem demonstrar surpresa ou reação;
  • ex-ministro do GSI mentiu sobre a existência de imagens;
  • ex-ministro do GSI tentou esconder as imagens, mantendo-as sob sigilo ilegal;
  • ex-ministro do GSI fraudou documento para o Congresso, em franco desrespeito ao poder Legislativo e à Democracia;
  • ex-ministro do GSI serve ao ex-presidiário há mais de 20 anos;
  • O ministro da justiça ora diz que estava, ora diz que não estava no ambiente operacional. Em algum momento está mentindo;
  • As imagens do MJ definirão sua presença, se não manipuladas (não duvido de mais nada);
  • O Min Jus tentou esconder as imagens;
  • Tentaram evitar que fosse acessada a lista de hóspede dos hotéis;
  • O secretário da segurança que estava viajando foi preso;
  • O Cel Naime, que estava de férias e tentou evitar as depredações está preso;
  • A narrativa de golpe de estado que a Rede Globo tenta desesperadamente emplacar é absurda;
  • O Exército declarou em Inquérito que a culpa da invasão é do governo;
  • Como estão fazendo com o presidente Trump nos EUA, querem jogar essa bomba no colo do Presidente Jair Bolsonaro.
    O que falta descobrir:
  • houve deslocamento de ônibus das escolas de formação doutrinária do MST?
  • quem estava hospedado nos hotéis?
  • as prisões determinadas pelo STF, sem individualização de culpa, são ilegais?
  • por que o ministro dos Direitos Humanos não está lutando pelos direitos desrespeitados dos presos?
  • quem determinou a redução do efetivo de guarda?
  • por que Lula fugiu?
  • quem deixou a invasão ocorrer?
  • quem eram os infiltrados?
  • quando G. Dias será preso?
  • quando que o Dino cai?
  • quando começa o processo de impeachment?

Essas questões são fundamentais para que comecemos a reconstruir o nosso Estado Democrático de Direito, a fim de que essa expressão não seja apenas mais uma narrativa, que se confunde às mentiras criadas para falsear a realidade e enganar nosso povo.

Ainda que Napoleão Bonaparte tenha definido que a História é formada por um conjunto de mentiras sobre as quais houve um consenso, não podemos admitir que brasileiros sejam jogados na prisão, tenham seus direitos desrespeitados e suas vidas arrasadas pela vaidade de homens públicos que insistem em se apropriar de um poder que não lhes pertence pois emana do próprio povo. Pelo menos é isso que diz nossa Constituição. Tomara que ela volte a ser respeitada.

Márcio Amaro é Presidente do Instituto Brasil Soberano. Sigam-no Twitter/X: @Amaro_Coronel

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Fez ele muito bem.

Você também pode deve enviar recursos para o exterior. Recomendo que faça através de imóveis com o pessoal da FAQ Assessoria que eu confio muito: http://www.seuimovelnaflorida.com.br

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Em áudio, advogado de Mauro Cid desmente Rede Globo! Ouça!

O advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem, divulgou agora a pouco um audio em grupos da internet onde contraria as notícias dos jornais - especialmente da Globo - que dariam conta de uma delação de Cid contra o ex-presidente.

"A defesa não está jogando Cid contra Bolsonaro. Isso não é justo com o Cid ou com o Bolsonaro. Não conhecemos nada disso. Não tem nenhuma suspeita. Não há nada de corrupção do Bolsonaro. Muito menos de militares e generais. Estão criando uma fantasia". Disse o Dr. Cezar Bitencourt, responsável pela defesa técnica do tenente coronel.

Confira a íntegra do áudio!

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PF Bullet-In 23/05/2025 - Principais notícias e vídeos do dia

Ameaça de sanções americanas se amplia para todo o STF enquanto governo Lula tenta conter crise

A ameaça de sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes pode ser estendida a outros ministros do Supremo Tribunal Federal, elevando drasticamente o nível de pressão internacional sobre a mais alta corte brasileira. Segundo informações, Trump prevê reação do STF e já mira as esposas de ministros que possuem escritórios de advocacia, demonstrando estratégia abrangente para pressionar o tribunal. Eduardo Bolsonaro projetou que as sanções contra Moraes devem ser anunciadas "dentro de duas ou três semanas", estabelecendo cronograma para a medida histórica.

Diante da escalada de tensões, o governo Lula enviou recado aos ministros do STF após as ameaças americanas, tentando coordenar resposta oficial à crise diplomática. A movimentação do Palácio do Planalto evidencia preocupação com os desdobramentos internacionais e possível isolamento do Brasil no cenário global.

A liderança do PT na Câmara pediu prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, intensificando o ...

PF Bullet-In 23/04/2025 - Principais notícias e vídeos do dia

Divergências no STF ganham força enquanto debate sobre anistia se intensifica

O ministro Luiz Fux voltou a divergir da maioria do Supremo Tribunal Federal durante julgamento da suposta trama golpista, evidenciando crescentes fissuras internas na Corte. Paralelamente, o STF aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Filipe Martins, Silvinei Vasques e outros quatro acusados, apesar da defesa argumentar que não há "justa causa" para denunciar o ex-assessor de Bolsonaro.

Em declaração contundente sobre o projeto de anistia, o ministro Alexandre de Moraes questionou: "Se invadissem a sua casa, você pediria anistia?", intensificando o embate retórico sobre o tema. Enquanto isso, informações sobre o que Bolsonaro aceitaria flexibilizar no projeto indicam busca por alternativas viáveis para aprovação da proposta, face às resistências institucionais.

No cenário internacional, Peter Brabeck-Letmathe assumiu a presidência do Fórum Econômico de Davos com declaração polêmica: "A água não é um direito humano, deve ser privatizada", sinalizando possível mudança na ...

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Democratas Sinalizam Que Podem Não Aceitar Uma Vitória de Trump em 2024
Vários Democratas da Câmara sinalizaram que não certificariam uma vitória presidencial de 2024 de Donald Trump, baseando-se na 14ª Emenda para reivindicar que Trump é um golpista e, portanto, inelegível para ocupar o cargo.

Democratas incluindo os Representantes James Clyburn (SC), Jamie Raskin (MD), Adam Schiff (CA), Eric Swalwell (CA) e até o Líder da Minoria da Câmara, Hakeem Jefferies, recusaram-se a dizer que certificariam Trump no cargo se ele vencesse a eleição de 2024.

Como Dan McLaughlin explicou no National Review, os Democratas poderiam ter os votos para sustentar uma objeção a uma vitória de Trump se assumirem o controle da Câmara.

“Apenas uma maioria simples é necessária, e ao contrário de quando a Câmara escolhe um presidente sob a Décima Segunda Emenda, eles não votam por estados,” ele escreveu. “Diferente de 2016 ou 2004, quando estavam na minoria, os Democratas da Câmara poderiam estar brincando com munição de verdade.”

Ainda assim, a maioria dos senadores também teria que objetar a uma vitória de Trump. Isso provavelmente exigiria 51 senadores, e como McLaughlin apontou, isso seria uma tarefa difícil para os Democratas:

“Eles têm que manter cada assento que atualmente ocupam (boa sorte em West Virginia), ou tomar um assento mantido por um Republicano (o mais azul dos quais é ou de Ted Cruz no Texas ou de Rick Scott na Flórida),” ele disse.

Uma maneira potencial de contornar parte desse caos repousa na Suprema Corte, que ouviu argumentos orais mais cedo este mês em Trump v. Anderson, um caso sobre se um estado, neste caso Colorado, pode manter Trump fora da cédula com base na 14ª Emenda. Se a alta corte der clareza sobre a questão da elegibilidade de Trump, especificamente que ele é elegível, então os Democratas não teriam espaço para objetar com base nisso.

Os argumentos, até agora, têm sido favoráveis a Trump. Quase todos os juízes, incluindo os liberais, pareciam extremamente desconfortáveis em se aliar ao Colorado com base na Seção 3 da 14ª Emenda. Notavelmente, essa provisão foi promulgada imediatamente após a Guerra Civil em um esforço para impedir qualquer pessoa que se envolveu em uma “insurreição” de ocupar um cargo.

O advogado Jonathan Mitchell, que argumentou em nome de Trump, argumentou que a Seção 3 não menciona “presidente”, mas sim um “oficial dos Estados Unidos”, o que ele diz incluir funcionários nomeados, não eleitos. Outro argumento centrava-se em torno do Colorado adicionando uma qualificação a Trump ao considerá-lo um insurrecional e então desqualificá-lo antes da eleição.

Algumas das maiores resistências às reivindicações do Colorado vieram da Juíza Elena Kagan.

“Por que um único estado deveria ter a capacidade de fazer essa determinação não apenas para seus próprios cidadãos, mas também para a nação?” ela pressionou a equipe legal do Colorado.

 

“Isso soa terrivelmente nacional para mim... se você não fosse do Colorado, e você fosse de Wisconsin, ou você fosse de Michigan, e o que o secretário de estado de Michigan fez vai fazer a diferença entre se o candidato A é eleito sobre o Candidato B? Isso parece bastante extraordinário.”

 

 

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Urgente! Jornalista português é detido pela Polícia Federal brasileira em Guarulhos
Sérgio Tavares é conhecido como o "Allan dos Santos" de Portugal está no Brasil para cobrir as manifestações da Av. Paulista

Sérgio Tavares, um reconhecido jornalista português, foi detido pela Polícia Federal do Brasil na manhã de hoje, ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos. Tavares viajou ao Brasil com o propósito de cobrir as manifestações previstas para ocorrer na Avenida Paulista nesta tarde.

O passaporte português do jornalista está retido pelas autoridades brasileiras. Até o momento, não foi apresentada nenhuma justificativa oficial para a detenção do cidadão português, um fato que já ganhou repercussão na internet, mas parece ser negligenciado pela mídia tradicional, tanto brasileira quanto portuguesa.

Um advogado já se encontra no aeroporto em defesa de Tavares, e a embaixada de Portugal no Brasil foi acionada para acompanhar o caso.

Recentemente, Tavares fez uma declaração pública através das redes sociais: "Estou sendo interrogado pela Polícia Federal sobre declarações minhas sobre urnas, fraude eleitoral, ditadura do judiciário e vacinas. Por orientação do advogado de defesa, mantenho-me em silêncio. São Paulo, 10:14".

O caso segue em desenvolvimento, enquanto a comunidade internacional aguarda mais informações e possíveis desdobramentos sobre a situação do jornalista português em território brasileiro.

Atualização 11:00: o jornalista foi liberado, mas o abuso de autoridade permanece. Ele foi convidado a participar do Paulo Figueiredo Show da próxima terça-feira. 

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Tensão: Exército prepara celas para eventual prisão de Bolsonaro e militares, diz site
Preparativos no Quartel: Alojamento Militar Pronto para Eventuais Detenções de Alto Escalão

Em um contexto de investigações intensificadas e depoimentos programados para a próxima quinta-feira, o Exército Brasileiro organizou uma nova área de detenção para abrigar indivíduos detidos por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta medida ocorre em uma semana de atividades aceleradas no Quartel General em Brasília, onde está prevista a tomada de depoimentos de oficiais de alta patente sob suspeita de envolvimento em atividades consideradas conspiratórias.

O líder militar Tomás Paiva supervisionou a preparação para acomodar possíveis detidos.

Conforme revelado por uma fonte de alto escalão do Exército ao veículo Radar, um espaço específico no Comando Militar do Planalto, situado dentro do Quartel General, foi adaptado para servir como local de detenção.

"É crucial estarmos preparados. Considerando o status dos possíveis detidos, precisamos oferecer uma infraestrutura adequada, especialmente porque estamos sujeitos à inspeção do STF logo após as detenções", explicou o oficial ao Radar.

A expressão "antiguidade" no contexto militar refere-se aos generais e outros oficiais de alta patente, destacando que até o ex-presidente Jair Bolsonaro, que detém a patente de capitão, teria direito a ser detido em uma instalação militar.

Inclusive aliados de Bolsonaro, antecipando uma possível ordem de detenção por parte de Moraes — "com ou sem embasamento legal", conforme eles apontam —, veem o Quartel General do Exército como o local adequado para a custódia do ex-presidente em caso de prisão.

Dentre os investigados pelo STF, estão figuras como os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e outros oficiais que foram implicados em comunicações suspeitas ou mencionados por Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro que colaborou com a Polícia Federal por meio de um acordo de delação.

 

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