Contrariando a imagem cuidadosamente construída por grande parte da mídia que o favorece, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu evitar uma taxa de rejeição similar à de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), nos primeiros nove meses de mandato. Segundo uma pesquisa PoderData realizada entre os dias 24 e 26 de setembro de 2023, 35% dos brasileiros classificam o trabalho de Lula como "ruim" ou "péssimo", números que estão em linha com a taxa de rejeição de 34% de Bolsonaro no mesmo período de sua gestão.
Embora Lula tenha conseguido 5 pontos percentuais a mais de aprovação na categoria "ótimo" ou "bom" em relação ao ex-presidente, sua rejeição no primeiro ano de mandato está entre as piores quando se consideram apenas os três primeiros semestres. Fica evidente que nem mesmo o apoio da grande imprensa foi capaz de blindá-lo de uma avaliação negativa.
Ademais, a situação atual de Lula representa uma queda acentuada em relação ao início de seus dois mandatos anteriores. Em 2003, 43% dos entrevistados consideravam seu trabalho como "ótimo" ou "bom", enquanto em 2007, esse número foi de 48%. É notório que, apesar do apoio mediático, os ventos não sopram tão favoravelmente para Lula como em tempos passados.
Lula e Bolsonaro tem as piores taxas de rejeição nos primeiros três semestres de um primeiro mandato, superando até mesmo Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. A rejeição mais alta desde a redemocratização ainda pertence a Dilma Rousseff, que no início de seu segundo mandato tinha 69% de rejeição e acabou sendo alvo de um processo de impeachment meses depois.
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