A Disney não conseguiu conquistar os americanos conservadores que se voltaram contra a gigante da indústria do entretenimento por sua política de "lacração", de acordo com os resultados de uma nova pesquisa da Rasmussen Reports, divulgada com exclusividade pelo The Daily Wire.
Pouco mais de 60% dos republicanos têm uma opinião desfavorável sobre a Disney, incluindo 35% que dizem ter uma opinião "muito desfavorável", segundo a pesquisa conduzida pela Rasmussen no final de setembro. Os resultados são fortemente divididos por identidade política. Enquanto entre os republicanos apenas 32% têm uma visão favorável e 61% uma visão desfavorável, para os democratas os resultados são quase exatamente o oposto — 61% dos democratas veem a Disney de forma favorável e apenas 29% de forma desfavorável.
A pesquisa indica que a política de "lacração" da Disney tem um impacto em tempo real em sua popularidade. Uma pesquisa de março de 2022, realizada quando a Disney estava em meio a uma briga de alto perfil com o governador da Flórida, Ron DeSantis, encontrou a empresa em uma posição similarmente ruim — republicanos viam a Disney com uma margem quase idêntica, com 29% favoráveis e 64% desfavoráveis. Os resultados para os democratas — 58% favoráveis e 29% desfavoráveis — também espelham o que foi encontrado na pesquisa da semana passada. Essa pesquisa foi realizada poucos dias depois que o então CEO Bob Chapek criticou publicamente DeSantis por visar a comunidade LGBTQ+.
Um vídeo também surgiu naquele mês de uma produtora confessando que ela impulsiona uma "agenda gay nada secreta" através do conteúdo da Disney, "adicionando 'queerness'” à sua programação infantil.
O melhor desempenho da Disney nas pesquisas, por outro lado, ocorreu no início deste ano em março, quando "apenas" 54% dos republicanos a viam de forma desfavorável. Essa pesquisa foi conduzida após Chapek ser substituído no comando da Disney pelo ex-CEO, Bob Iger, que prometeu "acalmar as coisas" no front político.
Mas Iger falhou em manter a Disney longe da política. A Disney se envolveu em uma controvérsia viral em agosto por comentários feitos pela atriz principal de seu remake de Branca de Neve, Rachel Zegler, que chamou a clássica história de amor de "extremamente datada" e rotulou o príncipe da Branca de Neve como "um cara que literalmente a persegue. Estranho. Estranho".
"Ela não vai ser salva pelo príncipe e não vai estar sonhando com o verdadeiro amor", disse a atriz, sugerindo que a doía ter que vestir o "vestido de uma princesa icônica da Disney".
A Disney também foi destacada nesta semana pelo GLAAD, a Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação [a organização de lobby LGBTQXYZ em Hollywood] por incluir conteúdo LGBTQ em impressionantes 41% de seus filmes em 2022, tornando-se o segundo estúdio mais "inclusivo para LGBTQ", atrás apenas da Netflix. Ela recebeu sua melhor avaliação de todos os tempos do GLAAD, que avalia estúdios anualmente, e também foi elogiada pelo CEO do GLAAD por sua decisão de cortar todas as doações políticas na Flórida por sua luta com DeSantis. Analistas estimaram que a postura da Disney com o público conservador pode ter custado à empresa quase 1 bilhão de dólares, com seus principais lançamentos cinematográficos tendo desempenho abaixo do esperado nas bilheterias.
Uma pesquisa da Gallup divulgada esta semana descobriu que quase 60% dos americanos acham que as empresas deveriam evitar a política, um aumento em relação aos 52% do ano passado. Apenas 37% dos americanos acham que as empresas devem tomar uma posição pública sobre "questões LGBTQ+", segundo a pesquisa.
O abraço da empresa à política radical tem sido um trabalho em andamento por anos. Em 2019, executivos da Disney ameaçaram boicotar o estado da Geórgia se fosse aprovada legislação restringindo o aborto. Nos últimos anos, a empresa também assinou uma parceria com o herói do Black Lives Matter, Colin Kaepernick, demitiu a atriz Gina Carano por postagens conservadoras nas redes sociais e infundiu Liberalismo em inúmeros desenhos clássicos, incluindo um "momento exclusivamente gay" no remake de A Bela e a Fera.
Gosta do meu trabalho e quer que ele continue? Torne-se meu apoiador com apenas $7/mês e tenha acesso a vários conteúdos exclusivos. Clique no botão abaixo "Become a Supporter". Cancele seu apoio a qualquer momento.