No centro de um escândalo recente, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi capturado em um vídeo vazado confrontando brasileiros comuns no Aeroporto de Roma, Itália. No vídeo em questão, Moraes é flagrado ameaçando que os indivíduos seriam "identificados e processados," apontando o dedo para o rosto de um deles e o chamando de "bandido."
VEJA O VÍDEO AQUI: https://realpfigueiredo.locals.com/post/4680135/veja-o-v-deo-onde-alexandre-de-moraes-amea-a-e-xinga-e-coloca-o-dedo-na-cara-de-brasileiros-no-aer
Ao retornar ao Brasil, Moraes parece ter cumprido sua ameaça: três dos indivíduos envolvidos foram rapidamente alvo de uma rigorosa ação da Polícia Federal e inseridos em uma investigação supervisionada pelo próprio STF, em um claro uso de órgãos estatais para fins pessoais de membros do STF. Não é o primeiro caso, diga-se de passagem: o ex-deputado Roberto Jefferson segue apodrecendo na prisão após ter usado palavras xulas ao se referir à Ministra Carmen Lúcia.
Ralph Tórtima, advogado do trio em questão, afirmou hoje que a investigação da Polícia Federal é "direcionada," levantando suspeitas sobre a imparcialidade da operação. Segundo ele, as imagens usadas na investigação parecem ter sido "escolhidas a dedo," questionando ainda a inconsistência em relação ao sigilo do caso.
O Ministro Dias Toffoli atendeu um pedido da Polícia Federal para estender o prazo das investigações e retirou o sigilo dos autos. No entanto, o sigilo foi mantido em relação às imagens captadas no aeroporto, que serão disponibilizadas apenas às partes envolvidas e aos peritos da PF. Toffoli justificou a decisão citando a presença de terceiros não envolvidos nas imagens, incluindo menores de idade. Não colou: tais indivíduos poderiam facilmente ter sido "borrados" para que não tivessem sua privacidade violada.
Em nota, Tórtima criticou a seletividade no tratamento das imagens e do inquérito, dizendo: "A impressão que fica é a de que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo, impedindo que a integralidade delas seja de conhecimento público."
Diante dos acontecimentos e da visível inclinação da investigação, surgem perguntas legítimas sobre o uso adequado do aparato policial e a imparcialidade da Justiça. A questão que se coloca é se as imagens mantidas em sigilo poderiam lançar uma luz diferente sobre a história contada pelo Ministro. Após o vídeo vazado, já se sabe que Alexandre não falou a verdade. O que mais pode vir à luz? Este é, sem dúvida, um tema que deveria atrair a atenção do Senado e é um caminho fácil para um pedido de impeachment do ministro. Será que algum senador terá coragem?
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