Por Paulo Figueredo Filho
Nas palavras de Luciano Huck, pronunciadas em uma conferência global sobre inovação e tecnologia: “A esquerda no Brasil é atrasada.” A frase é iluminadora, uma espécie de retrato de corpo inteiro do Brasil contemporâneo. Esse comentário não é trivial; é uma janela para entender a conjuntura política brasileira e seus complexos arranjos de poder. Huck explicita a existência de uma nova esquerda progressista e global — uma esquerda à la europeia ou à moda da corrente majoritária do Partido Democrata dos Estados Unidos.
Eis o contexto para o que disse a estrela da Rede Globo:
“O Brasil não pode ter mais uma década perdida como tantas que a gente teve. A gente caiu numa polarização que não funcionou para ninguém, não fez ninguém avançar. Não estou discutindo aqui posicionamento político ou ideológico. Estou discutindo a gente enquanto nação, um país potente, que tem mercado, rico por natureza e pobre por escolha.”
“A gente tem que construir uma nova geração de políticos e de líderes que possam assumir um papel com a ética (…). É um país muito desigual, isso tem que ser debatido. Não tenho nada contra o capital, sou um liberal progressista, as pessoas têm que ganhar dinheiro, lucro não é pecado. Quero que todo mundo vá bem. Não estou fazendo discurso de esquerda. Até porque não acho que a esquerda no Brasil seja radical. A esquerda no Brasil é atrasada.”
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