O ex-presidente Trump na segunda-feira questionou os judeus americanos que votam nos Democratas e criticou duramente a política externa do presidente Biden em meio à violência em curso em Israel.
Trump, em comentários a apoiadores em New Hampshire, afirmou que Biden 'traiu Israel' e citou os ataques terroristas em Israel e os combates subsequentes em Gaza como o exemplo mais recente de um conflito estrangeiro surgindo durante a administração Biden.
'Não consigo imaginar como alguém que seja judeu ou qualquer pessoa que ame Israel — e francamente, os evangélicos simplesmente amam Israel — eu não consigo imaginar alguém votando no Partido Democrata, muito menos neste homem, que está totalmente — ele estava acabado há 30 anos. Está mais acabado agora. Mas o problema foi todo causado pelo desonesto Joe Biden', disse Trump.
Trump falou a apoiadores em Wolfeboro, dias depois de o grupo terrorista militante Hamas lançar um ataque contra Israel. Mais de 1.000 pessoas no total morreram em meio aos combates em Israel e Gaza. O Departamento de Estado confirmou que pelo menos nove americanos estavam entre os mortos.
'Há menos de quatro anos, tínhamos paz no Oriente Médio com os históricos Acordos de Abraão. Hoje temos uma guerra total em Israel, e ela vai se espalhar muito rapidamente', disse Trump. 'Que diferença um presidente faz'.
O ex-presidente disse que, ao reassumir o cargo, cortaria qualquer dinheiro indo para os palestinos e reimporia e expandiria uma proibição de viagem que visava vários países de maioria muçulmana.
Trump tem se posicionado repetidamente como profundamente favorável a Israel, citando seu reconhecimento do território das Colinas de Golã, sua realocação da Embaixada dos EUA para Jerusalém e a assinatura de sua administração dos Acordos de Abraão para normalizar as relações entre os países do Oriente Médio.
Trump em setembro compartilhou uma imagem nas redes sociais dizendo aos 'judeus de esquerda' [liberal jews, em inglês] para 'fazerem escolhas melhores' em meio às comemorações do Ano Novo Judaico.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no sábado declarou que Israel estava 'em guerra' com o Hamas, uma organização terrorista designada e grupo militante que controla Gaza, depois que lançou uma saraivada de foguetes e invadiu cidades israelenses.
Biden prometeu que os EUA ficarão ao lado de Israel, descrevendo a aliança como 'sólida e inabalável'. A administração Biden já reposicionou ativos militares na região e começou a enviar munições e outros recursos para Israel, já que busca assistência dos EUA.
Trump e candidatos presidenciais de 2024 apontaram para o descongelamento de 6 bilhões de dólares em fundos do petróleo iraniano como parte de um acordo com o Irã concluído no mês passado para libertar cinco americanos que haviam sido detidos.
Funcionários da administração Biden rebateram fortemente qualquer sugestão de que os 6 bilhões de dólares em fundos estavam de alguma forma conectados ao ataque do Hamas a Israel. Eles observaram que o dinheiro não veio dos contribuintes dos EUA e era em vez disso fundos iranianos que haviam sido descongelados. Eles citaram restrições de que o dinheiro só poderia ser usado para fins humanitários e destacaram que nenhum do dinheiro foi gasto.
Trump, que está liderando confortavelmente seus rivais nas pesquisas primárias do GOP em nível estadual e nacional, também apontou para a guerra na Ucrânia e a retirada caótica das tropas dos EUA do Afeganistão como outras instâncias da política externa de Biden levando à instabilidade global.