A Casa Branca divulgou que os Estados Unidos estão se preparando para o que foi denominado de "Dia do Jihad" na sexta-feira, 13 de outubro, após um ex-líder do Hamas ter convocado comunidades muçulmanas ao redor do mundo para protestarem em apoio aos palestinos em Gaza.
Na quinta-feira, Khaled Mashaal, que já liderou o grupo paramilitar palestino e que no último fim de semana organizou um ataque surpresa sem precedentes contra Israel, fez um apelo para que muçulmanos mostrem sua indignação com os acontecimentos em Gaza nas ruas.
Mashaal, agora responsável pelo escritório da diáspora do Hamas no Catar, pediu que pessoas na Jordânia, Síria, Líbano e Egito também se unam à luta contra Israel. "Este é um momento de verdade e as fronteiras estão próximas a vocês; todos vocês sabem qual é a sua responsabilidade", disse ele.
O apelo deixou os legisladores americanos preocupados. O deputado Michael McCaul, republicano do Texas, expressou no CNN que o Congresso está preocupado com a ameaça de grupos jihadistas em países como Síria e Iraque.
Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira, John Kirby, Coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, declarou que o governo está "focado em garantir que o compartilhamento de informações de inteligência com Israel seja o mais preciso possível". Em resposta a uma pergunta sobre medidas defensivas, Kirby afirmou que as autoridades estão em contato constante com a aplicação da lei local e federal para "identificar e interromper quaisquer ameaças ao povo americano".
Alguns parlamentares dos EUA manifestaram receio de que o "Dia do Jihad" possa levar a atos de violência. O deputado republicano Matt Gaetz da Flórida, um entusiasta dos direitos de posse de armas, reagiu à suposta ameaça, dizendo: "Os floridianos estão armados - Não seremos intimidados".
O chamado de Mashaal para um "Dia do Jihad" ocorre após o compromisso de Israel de intensificar sua resposta ao ataque do Hamas com uma ofensiva terrestre. O exército israelense informou à ONU que toda a população do norte de Gaza deverá se deslocar para a metade sul do território em 24 horas enquanto suas tropas se preparam "para a próxima fase da guerra".
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