Um alto funcionário israelense reconheceu no sábado que as falhas na previsão de ataques do Hamas refletiam erros de inteligência. "Esse é o meu erro e reflete os erros de todos os que fazem avaliações (de inteligência)", disse Tzachi Hanegbi, Conselheiro de Segurança Nacional de Israel, durante uma coletiva de imprensa ao ser questionado sobre suas declarações anteriores de que não esperava agressões do Hamas. "Realmente acreditávamos que o Hamas tinha aprendido a lição com" sua última grande guerra com Israel em 2021, acrescentou Hanegbi.
Ele também descartou qualquer possibilidade de negociação para troca de prisioneiros com o Hamas. "Não há como negociar com um inimigo que juramos aniquilar", afirmou.
No sábado da semana passada (7 de outubro), o grupo militante Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, rompendo a barreira da fronteira de Gaza.
Segundo um relatório da CNN, a comunidade de inteligência dos EUA teria informado o presidente Joe Biden sobre o assalto planejado pelo Hamas nas semanas que antecederam os ataques terroristas de 7 de outubro. De acordo com relatos, um informe compartilhado em 28 de setembro, respaldado por várias informações de inteligência, indicava que o Hamas estava planejando um grande ataque de foguete contra Israel. Uma segunda avaliação foi produzida em 5 de outubro, quando a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) alertou para a crescente possibilidade de violência pelo Hamas. No dia 6 de outubro, um dia antes do ataque do Hamas, oficiais dos EUA teriam circulado informações que vieram diretamente de Israel, todas apontando para um grande ataque de Gaza a Israel.
Não ficou claro se as avaliações de inteligência dos EUA foram compartilhadas com o governo israelense. Embora a inteligência sugerisse a possibilidade de violência, nenhum dos informes deu detalhes ou indicou a escala e a brutalidade do ataque.