Daniel Noboa, herdeiro de uma fortuna e novato na política, alcançou no domingo o que seu pai não conseguiu em cinco tentativas: ser eleito presidente do Equador. Noboa venceu um segundo turno contra uma advogada de esquerda, usando como currículo suas experiências empresariais e políticas.
Agora, ele enfrenta o desafio de tornar o Equador minimamente seguro, a principal demanda urgente dos eleitores que estão assustados com o aumento da violência ligada ao tráfico de drogas construída nos governos de esquerda. Durante sua campanha, Noboa propôs diversas soluções, desde transformar navios em prisões flutuantes até fornecer mais equipamentos para a polícia.
Will Freeman, especialista em estudos latino-americanos, comentou: “Acho que há uma chance muito pequena de qualquer presidente conseguir reverter a crise de segurança do Equador em 18 meses; e certamente não Noboa, cujas propostas de segurança eram erráticas.”
Noboa assumirá um mandato curto, que se estenderá apenas até maio de 2025. Ele venceu com pouco mais de 52% dos votos, derrotando Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa. "Meu objetivo é devolver a paz ao país, dar educação novamente aos jovens e poder oferecer emprego às muitas pessoas que o procuram", disse Noboa.
O aumento da violência no país ficou evidente com o assassinato do candidato presidencial e ativista anticorrupção Fernando Villavicencio, seguido por outros ataques a líderes políticos e explosões de carros-bomba.
Daniel Noboa iniciou sua carreira no mundo dos negócios aos 18 anos e depois ingressou na empresa da família. Ele entrou na política em 2021, ganhando um assento na Assembleia Nacional. Seu pai, Álvaro Noboa, é o homem mais rico do Equador e já tentou, sem sucesso, ser presidente cinco vezes.
O partido de Daniel Noboa não terá assentos suficientes na Assembleia Nacional para governar sozinho. Portanto, o apoio de parlamentares de oposição será crucial para evitar os problemas que marcaram o mandato de Guillermo Lasso, o presidente anterior.
Sob o mandato de Lasso, as mortes violentas dispararam, atingindo um recorde de 4.600 em 2022. "Não espero muito desta eleição", disse Julio Ricaurte, engenheiro de 59 anos. Rosa Amaguaña, uma vendedora de frutas e legumes de 62 anos, expressou esperança: "Sim, é possível. O próximo presidente deve ser capaz de fazer ao menos algo pequeno."
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