O ditador da China e o presidente da Câmara dos Deputados no Brasil marcaram presença em um evento em comemoração aos 10 anos do Fórum Cinturão e Rota, em Pequim.
Nesta sexta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, encontrou-se com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, durante as celebrações de 10 anos do Fórum Cinturão e Rota, uma iniciativa chinesa de investimento em infraestrutura global da qual o Brasil não participa.
O Cinturão e Rota, também conhecido como "a nova rota da seda" ou "Belt and Road" em inglês, é o veículo de investimento em infraestrutura global da China, visando ampliar sua influência internacional.
É um investimento de alto custo nas letras miúdas, repleto de condicionantes nocivas, mas muito vultuoso e um terreno fértil para a corrupção. Lembrem-se: uma propina recebida na China ou em seus enclaves (Macau ou Hong Kong) é praticamente impossível de ser rastreada. Não que este seja o interesse de Lira, mas...
Conforme relatado pela mídia estatal chinesa Xinhua, durante o encontro, Xi mencionou que “China e Brasil são os maiores países em desenvolvimento do Oriente e Ocidente, respectivamente, e grandes nações emergentes com influência global”. Em um panorama internacional “turbulento”, frisou que ambos “devem se apoiar mutuamente”.
A realidade é que a China, apesar de ter se tornado o principal parceiro comercial do Brasil durante o governo Lula, superando os EUA, está indo para o buraco. Estes incluem uma bolha financeira significativa, fuga acelerada de capitais, desconfiança internacional crescente e, sobretudo, um dilema demográfico que está implodindo o país.
O Brasil de Lula,lento em suas relações diplomáticas e ideologicamente obtuso na sua leitura do tabuleiro global, está completamente perdido. Está apostando cegamente na China e na retórica estúpida dos BRICs, o que terá um custo elevado para a economia brasileira.
“A Iniciativa do Cinturão e Rota é altamente compatível com a reindustrialização e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento do Brasil”, disse Xi, enfatizando a necessidade de criar uma sinergia entre os projetos “para facilitar seus respectivos processos de modernização”.
Na prática, a China busca locais fora do país para investir, já que os retornos de investimentos domésticos estão em queda. Ela tenta fazer isso com termos de investimento tão desfavoráveis que até o momento, nem mesmo o governo brasileiro (ávido por infraestrutura) aceitou. E, globalmente, quem embarcou nessa jornada - como a Itália - está desistindo arrependido.
Além de Xi, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário do Partido Comunista chinês e ex-prefeito de Pequim, Cai Qi, também participaram do encontro. Isso simboliza prestígio, mas também um sinal de alerta para o Brasil. Precisamos ter extrema cautela com a influência chinesa na câmara dos deputados brasileira daqui em diante.
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