O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, expressou ceticismo quanto à substância da delação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, envolvido nos eventos de 8 de janeiro. Após a análise do conteúdo da delação, Santos comentou sobre a falta de robustez das informações fornecidas.
"A delação eu não achei forte. Em nada. A princípio eu achei que as informações foram fracas", declarou Santos em entrevista aos jornalistas Hugo Marques e Laryssa Borges, evidenciando a necessidade de evidências concretas para corroborar as alegações de Cid.
A posição do subprocurador sinaliza que as supostas revelações de Mauro Cid acerca de conspirações e envolvimentos do ex-presidente e seus aliados carecem de elementos probatórios adequados.
O histórico brasileiro já registrou casos semelhantes, em que alegações desacompanhadas de provas foram posteriormente descartadas pelo STF, como observado em episódios da Operação Lava-Jato.
O vazamento parcial da delação, prática historicamente criticada pelo PT e pelo ex-presidente Lula, coloca o valor da delação em xeque. "Tem que ser corroborado. Nessa corroboração é que a gente vai saber a dimensão da delação", enfatiza Santos, apontando para a necessidade de validação das informações apresentadas por Cid.
Sobre um indiciamento de Bolsonaro, o subprocurador desanimou a esquerda e a mídia: "Eu acho muito difícil e precipitado falar um negócio desses, a não ser que aparecesse assim (estala os dedos, como a simular um passe de mágica) uma coisa que explodiria a República." - Disse em entrevista.
Ao que parece, tanto o STF quanto a Polícia Federal (Gestapo) criaram uma delação sem substância, afinal o subprocurador não teria externado suas dúvidas sem uma base sólida para tal. Parece também que o alinhamento da PGR e do STF não anda dos melhores.
A transparência do acordo de delação, com sua divulgação ao público, poderia esclarecer as dúvidas e permitir que a sociedade julgasse a pertinência e a gravidade das informações divulgadas pelo ex-ajudante de Bolsonaro.
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