Enquanto a Disney enfrenta um dos períodos mais desafiadores de sua história no setor cinematográfico, a empresa intensifica suas políticas identitárias com a introdução de "broches de pronomes" para funcionários do parque Epcot. Essa medida chega num momento em que o último lançamento da Marvel, "The Marvels", amarga um fracasso retumbante nas bilheterias, estabelecendo novos recordes negativos para o Universo Cinematográfico Marvel (MCU).
"The Marvels", que chegou com a promessa de ser um blockbuster progressista, sofreu a maior queda de receita em seu segundo fim de semana desde o lançamento, uma rejeição preocupante que reverbera o crescente descontentamento do público com as incursões da empresa no ativismo político. O filme arrecadou somente cerca de $10.2 milhões nos EUA e um pouco mais de $19.5 milhões em mercados internacionais após seu lançamento, totalizando uma bilheteria global de $161.3 milhões — um valor insignificante se comparado ao seu orçamento de produção de $275 milhões.
Para colocar em perspectiva, o filme antecessor da franquia, "Captain Marvel", produzido com muito menos recursos, teve uma abertura esmagadora de $456.7 milhões a nível internacional, culminando em uma arrecadação total de $1.131 bilhões. A sequência, no entanto, não conseguiu capturar a mesma magia, apesar das expectativas.
A resposta fria a "The Marvels" não é apenas um golpe para a divisão cinematográfica da Disney; ela também reflete uma crise maior que atinge o valor das ações da empresa. A ação da Disney chegou recentemente seu ponto mais baixo em quase uma década, negociada abaixo dos $80, representando uma queda significativa desde que Iger reassumiu como CEO. A pressão sobre a Disney aumenta enquanto a empresa busca uma estratégia para se recuperar dos fracassos financeiros e de imagem, inclusive com a recente demissão de mais de 7.000 funcionários globais.
Enquanto a empresa se esforça para se recuperar, a implementação de "broches de pronomes" em um de seus parques emblemáticos é vista por muitos como um aprofundamento de uma agenda política que tem se mostrado divisiva entre os fãs da marca. Com o MCU e as estratégias de inclusão da Disney naufragando, a empresa tem diante de si o desafio de deixar de alienar sua base de fãs.