A avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos cidadãos brasileiros apresentou uma queda significativa, conforme revelado por uma pesquisa da Genial/Quaest. Em outubro deste ano, a aprovação do STF junto à população caiu para 17%, uma diminuição notável quando comparada aos 23% registrados em fevereiro, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cenário é ainda mais evidente ao se observar a reprovação, que subiu de 29% para 36% ao longo do mesmo período.
A pesquisa, que ouviu 2.000 eleitores de 16 anos ou mais, foi conduzida entre os dias 19 e 22 de outubro, abrangendo 120 municípios. Com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, o estudo tem um nível de confiança de 95%.
Interessante notar que a tendência de rejeição ao STF não é exclusiva de um espectro político. Entre os eleitores de Lula, a aprovação à corte suprema diminuiu de 37% para 31%. No entanto, entre aqueles que votaram em Bolsonaro, a visão positiva do STF é ainda mais escassa, com apenas 5% expressando aprovação e 62% manifestando reprovação. Em fevereiro, o apoio dos eleitores de Bolsonaro ao Supremo estava em 6%.
Além da avaliação da corte, o estudo trouxe à tona a opinião dos brasileiros sobre aspectos estruturais do sistema judiciário. A maioria dos entrevistados, 68%, apoia a introdução de mandatos fixos para os ministros do STF. Da mesma forma, 66% são favoráveis à criação de restrições às decisões monocráticas dos ministros.