Uma recente pesquisa da Bloomberg/Morning Consult revela que o ex-presidente Donald Trump está à frente do atual presidente Joe Biden em todos os sete estados-pêndulo considerados cruciais para a eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos. Já em uma pesquisa nacional do Rasmussen, Trump abriu 10 pontos de vantagem.
De acordo com a pesquisa da Bloomberg, Trump tem vantagem sobre Biden em estados-chave como Wisconsin, Geórgia, Michigan, Pensilvânia, Nevada, Carolina do Norte e Arizona. A margem de erro da pesquisa é bem baixa, de ±1%.
- Em Wisconsin, Trump lidera com 45%, quatro pontos percentuais à frente de Biden, que tem 41%.
- Na Geórgia, a vantagem de Trump é ainda maior, com 49% contra 43% de Biden, uma diferença de seis pontos percentuais.
- Em Michigan e na Pensilvânia, Trump também lidera com 46% contra 42% e 44% de Biden, respectivamente.
- Nevada mostra Trump com 47%, três pontos percentuais à frente de Biden, que tem 44%.
- A maior vantagem de Trump é na Carolina do Norte, onde ele tem 49% contra 40% de Biden, uma diferença significativa de nove pontos percentuais.
- Por fim, no Arizona, Trump está com 46%, quatro pontos percentuais à frente de Biden, que tem 42%.
Esses resultados indicam um cenário desafiador para Biden e um sinal positivo para Trump. A liderança de Trump nesses estados-pêndulo é, na prática, o que determina o resultado da eleição presidencial de 2024.
Números nacionais
De acordo com a mais recente pesquisa nacional da Rasmussen Reports, realizada por telefone e online, Trump agora possui uma vantagem de dois dígitos.
Os dados indicam que 48% dos eleitores prováveis escolheriam Trump, enquanto 38% votariam em Biden. Isso marca uma reviravolta em comparação com a pesquisa de novembro da Rasmussen, que mostrava Biden liderando por quatro pontos, com 46% contra 42% de Trump. Além disso, 10% dos eleitores afirmaram que escolheriam outro candidato, enquanto 4% ainda estão indecisos.
Essa mudança nos números sugere uma mudança significativa no sentimento do eleitorado americano. Em novembro, Biden tinha
Interessantemente, a pesquisa também revela um crescimento no apoio a uma terceira via representada por Robert F. Kennedy Jr. Em um cenário de três candidatos - Biden, Trump e Kennedy - 40% dos entrevistados escolheriam Trump, 32% optariam por Biden, e 16% votariam em Kennedy. No mês passado, Kennedy estava com 12%, indicando um aumento na procura por alternativas fora dos dois principais partidos.
Entenda a diferença entre pesquisas nacionais e pesquisas estaduais
A partir daqui, explicarei aos meus apoiadores a importância destes resultados. Para continuar lendo e ter acesso à melhor cobertura sobre as eleições mais importantes do mundo, torne-se meu apoiador por apenas $7/mês.
No sistema eleitoral americano, entender a importância dos swing states (estados-pêndulo) é fundamental para compreender as dinâmicas das eleições presidenciais. Diferente do Brasil, onde o presidente é eleito pelo voto direto e majoritário de todos os cidadãos, nos Estados Unidos, a eleição presidencial é indireta e baseada em um sistema chamado Colégio Eleitoral.
Cada estado americano tem um determinado número de delegados no Colégio Eleitoral, proporcional à sua população. O total de delegados é de 538, e para vencer a eleição, um candidato precisa obter a maioria absoluta desses votos, ou seja, pelo menos 270.
Aqui reside a importância dos swing states. A maioria dos estados americanos tende a votar consistentemente em um partido, seja Democrata ou Republicano. Por exemplo, estados como Califórnia e Nova York frequentemente votam no candidato Democrata, enquanto Texas e Alabama tendem a favor dos Republicanos. Estes são chamados de "estados seguros" ou "estados sólidos" para seus respectivos partidos.
Os swing states, por outro lado, são estados onde os eleitores não têm uma preferência partidária consistente e podem votar tanto no candidato Democrata quanto no Republicano. Isso faz com que esses estados sejam imprevisíveis e, consequentemente, cruciais para o resultado final da eleição. Uma pequena margem de votos nesses estados pode decidir toda a eleição, dada a natureza do sistema do Colégio Eleitoral. Assim, candidatos e partidos concentram seus recursos e esforços de campanha nesses estados, pois ganhar neles pode ser decisivo para alcançar os 270 votos eleitorais necessários para vencer a presidência.
Portanto, enquanto as pesquisas de opinião nacionais podem indicar a popularidade geral de um candidato em todo o país, as pesquisas nos swing states oferecem uma visão mais precisa de como a eleição pode se desenrolar no Colégio Eleitoral, que é onde a presidência é realmente decidida.
É exatamente por isso que os democratas estão entrando em modo de desespero. Os rumores sobre Biden - que agora enfrentará um pedido de impeachment - não disputar a reeleição estão cada vez maiores. A ver.