A suposta conspiração para assassinar o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não passava de uma conversa frenética em uma plataforma de mídia social, segundo Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), em uma entrevista concedida à CNN Brasil.
Rodrigues revelou que, durante as investigações da PF relacionadas aos eventos de 8 de janeiro, foram descobertas várias mensagens trocadas em redes sociais, algumas das quais propunham ações extremas, incluindo o plano de enforcamento.
Em um capítulo separado, intitulado "Ameaças a Moraes", o ministro Moraes detalhou em uma entrevista ao jornal O Globo que as sondagens identificaram três estratégias distintas para capturá-lo. Uma dessas estratégias era, notavelmente, um esquema de assassinato.
Ele especificou que o primeiro plano envolvia sua captura por Forças Especiais em um domingo para ser transportado para Goiânia. O segundo esquema era mais sinistro, propondo descartar seu corpo a meio caminho. Nesse cenário, o ato não seria uma prisão, mas sim um assassinato.
Moraes também mencionou que há uma investigação em andamento para desvendar o planejamento dessas ações, que pode incluir a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O ministro enfatizou que, desde que começou a servir como Secretário de Segurança Pública de São Paulo em 2014, sua segurança pessoal permaneceu constante. No entanto, ele admitiu que as medidas de proteção para sua família foram reforçadas.
Em relação à investigação, Rodrigues informou que o processo está avançando e espera-se que resultados sejam divulgados em breve. Embora um ano tenha passado desde os eventos investigados, ainda não houve acusações formais ou prisões dos indivíduos envolvidos nas ameaças contra Moraes.
Reportagens adicionais da CNN revelaram que, de acordo com fontes do STF, Moraes recebe uma enxurrada de ameaças diárias contra ele e sua família através das redes sociais. Até o momento, o STF não se manifestou oficialmente sobre essas alegações.