Neste 8 de janeiro de 2024, a Polícia Federal realizou a 23ª fase da operação Lesa Pátria, direcionando suas ações contra indivíduos relacionados aos eventos de 8 de janeiro do ano anterior.
Esta operação, que coincidiu com o aniversário de um ano daqueles acontecimentos, envolveu a execução de 46 mandados de busca e apreensão em 11 estados e no Distrito Federal, além de 2 mandados de prisão preventiva, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os alvos das investigações, encontra-se o pai da advogada Gabriela Ritter, presidente da ASFAV (Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro). A operação também focou na indisponibilidade de bens e valores dos investigados, com prejuízos ao patrimônio público estimados em cerca de R$ 40 milhões.
Paralelo a isso, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes do STF divulgou um relatório sobre as medidas tomadas desde os eventos do ano anterior. O documento revela que mais de 6.000 decisões foram tomadas em relação ao 8 de Janeiro ao longo de 2023.
No dia do evento, 243 pessoas foram presas em flagrante, e outras 1.929 foram removidas de acampamentos e levadas à Academia Nacional de Polícia. Dessas, 775 foram liberadas no mesmo dia, e 1.397 foram inicialmente detidas. Moraes, após audiências de custódia, concedeu liberdade provisória, com medidas cautelares, a 459 detidos. Além disso, 1.345 denúncias foram apresentadas pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Estas informações destacam a extensão e o rigor das ações judiciais e de segurança pública em resposta aos eventos de 8 de Janeiro, com um enfoque particular na atuação do ministro Alexandre de Moraes, cujas decisões têm sido um ponto de debate e controvérsia.