Nos últimos dias, um rumor ganhou força entre veículos de comunicação de esquerda, afirmando que os jornalistas Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza, todos ex-integrantes da equipe da Jovem Pan, tiveram suas contas nas redes sociais Youtube, Facebook e Twitter banidas em todo o mundo.
Vale destacar que as contas destes jornalistas já estavam bloqueadas no Brasil desde 30 de dezembro de 2022, porém, continuavam acessíveis em outros países. Após o bloqueio nacional, Figueiredo e Constantino chegaram a criar novas contas nas mesmas redes, atraindo rapidamente centenas de milhares de seguidores brasileiros interessados em suas análises e comentários. Estas novas contas também foram suspensas nesta semana por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas, novamente, apenas no território brasileiro sob jurisdição do STF.
Entretanto, a notícia que circulou amplamente em diversos portais afirmava que a nova decisão do Ministro teria estendido o bloqueio para uma escala mundial. Esta informação se mostrou inverídica. Paulo Figueiredo, em seu programa "Paulo Figueiredo Show" da quinta-feira (11), demonstrou ao vivo que suas contas permanecem ativas normalmente no exterior, acessíveis inclusive por meio de VPN, com exceção do Brasil.
Um exemplo da difusão desta falsidade é a afirmação do portal Terra, que declarou:
"Os bolsonaristas Rodrigo Constantino, Guilherme Fiúza e Paulo Figueiredo Filho foram banidos do YouTube, Facebook e Instagram em todo o mundo. Além disso, seguem com acesso barrado no X (antigo Twitter) em território brasileiro."
Curiosamente, apesar do portal atribuir a fonte da notícia à CNN Brasil, não há registros de tal reportagem nos sites do canal de televisão.
Citando o Terra como fonte, o grupo Sleeping Giants Brazil, conhecido por suas campanhas de boicote e cancelamento, celebrou nas redes sociais a suposta proibição global:
"Rodrigo Constantino, Guilherme Fiúza e Paulo Figueiredo são banidos das redes sociais em todo o mundo. Os extremistas foram banidos do YouTube, Facebook e Instagram [...] por decisão judicial."
A repercussão da falsa notícia não se limitou a grandes portais. Centenas de pequenos sites e canais de YouTube de orientação esquerdista também propagaram a história como verdadeira, ampliando seu alcance e contribuindo para a desinformação.
Outra figura que contribuiu para a disseminação dessa "Fake News" foi Guga Noblat, ex-colega de Paulo Figueiredo no programa Morning Show da Jovem Pan. Em sua conta no Twitter, Noblat afirmou:
"Foram tirados do YouTube, Facebook e Instagram em todo o mundo. E suas contas no X estão barradas. A decisão foi do Xandão com base em inquérito sigiloso. Eles espalharam muita desinformação contra a democracia, o puro suco do discurso de ódio."
Paulo Figueiredo, conhecido por sua postura combativa, não demorou a responder, utilizando curiosamente o próprio Twitter, supostamente bloqueado para ele:
"Energúmeno apanhou tanto de mim que nunca se recuperou. Só terapia. Viciado em fake news né? Minhas contas não foram banidas no mundo, apenas no Xandaquistão. O mundo livre e quem usa VPN segue normal. E bastam 24h para eu abrir uma conta nova com mais engajamento que a dele."
Após o desmascaramento da notícia falsa, a Revista Forum, um dos veículos que originalmente veicularam a falsa informação, viu-se obrigada a se retratar. Em um comunicado oficial de errata, a revista declarou na quinta-feira (11):
"Diferentemente do que a Fórum publicou nesta quarta-feira (10), Rodrigo Constantino, Guilherme Fiúza e Paulo Figueiredo Filho, neto do ditador João Figueiredo, não tiveram seus perfis banidos nas redes sociais em todo o mundo."
Até o momento da conclusão desta reportagem, não houve retratações por parte de outros veículos ou figuras públicas envolvidas. As contas de Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza permanecem ativas e acessíveis em todos os países, exceto Brasil, e também para usuários que recorrem às cada vez mais populares VPNs, que escondem o país de orígem e a informação dos usuários de internet.
