Durante uma entrevista concedida ao DCM (Diário do Centro do Mundo) TV, José Genoíno, ex-presidente nacional do PT e ex-deputado federal, fez declarações contundentes relacionadas a empresas de judeus e à relação do Brasil com Israel. Suas falas, ditas no sábado (20.jan.2024), foram as seguintes:
“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, eu acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel”, afirmou Genoíno.
Em outro momento da entrevista, ao discutir a situação no Oriente Médio, Genoíno disse:
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza coloca em risco o sentido humanitário da gente como ser humano, de defender o futuro da humanidade. Temos de nos revoltar mesmo contra as atrocidades praticadas pelo governo de Israel”.
Estas declarações foram feitas no contexto de uma discussão sobre Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, que assinou um abaixo-assinado pedindo ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que retirasse o apoio do Brasil à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça da ONU para investigar Israel.
Reações às Declarações de Genoíno
As declarações de Genoíno receberam críticas imediatas de várias entidades e figuras políticas. Ciro Nogueira, presidente do PP (Partido Progressistas) e senador, foi um dos que se manifestou, criticando as falas de Genoíno e comparando-as às práticas do nazismo.
Entidades que representam a comunidade judaica no Brasil, como a Conib (Confederação Israelita do Brasil) e a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo), também expressaram repúdio, classificando as declarações de Genoíno como antissemitas e flertando com o nazismo e o racismo.