O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a interrupção de suas transmissões ao vivo semanais, uma decisão que surge no contexto de desafios de audiência. Durante sua série de lives, Lula não conseguiu alcançar um número significativo de espectadores, apesar de contar com a infraestrutura proporcionada por sua posição e experiência política.
As transmissões, que visavam a comunicação direta com o público, tiveram uma recepção moderada. Em comparação, dados de outubro passado indicam que, após 15 lives, Lula obteve cerca de 3,5 milhões de visualizações no total, enquanto uma única transmissão do presidente Jair Bolsonaro alcançou aproximadamente 2,4 milhões de espectadores.
Recentemente, Lula participou de uma conversa de quase uma hora com o jornalista Mário Kertész da rádio Metrópoles, em Salvador. Seus planos futuros incluem uma abordagem mais focada em entrevistas com uma orientação regional, buscando aproveitar a audiência dos entrevistadores locais. Uma dessas iniciativas é uma entrevista coletiva programada para esta sexta-feira, onde ele discutirá exclusivamente questões de educação ao lado do ministro Camilo Santana. Outra entrevista já está agendada para a próxima terça-feira.
Esta mudança de estratégia reflete uma adaptação às realidades do engajamento online, em que Lula parece reconhecer as diferenças em comparação ao presidente Bolsonaro no que se refere à capacidade de gerar engajamento em transmissões ao vivo.