A recente operação policial envolvendo o vereador Carlos Bolsonaro resultou em uma série de reportagens equivocadas e retratações embaraçosas por parte da mídia tradicional, especialmente a GloboNews e o portal G1.
Primeiramente, a GloboNews publicou erroneamente que Carlos Bolsonaro e o ex-Presidente Jair Bolsonaro teriam fugido de barco antes da chegada da polícia.
Essa informação, que também foi divulgada pelo jornalista Ricardo Noblat e outros no Twitter, foi posteriormente desmentida.
Na realidade, Bolsonaro havia saído às 5 da manhã para pescar, bem antes, portanto, da chegada dos policiais. Mas, ao saber da chegada dos agentes, voltou para a residência.
A âncora da GloboNews, Daniela Lima, foi forçada a exibir imagens de Jair Bolsonaro e seu filho Carlos calmamente em frente à sua casa em Angra, conversando com os agentes federais, desmentindo assim as alegações de fuga.
Em um segundo momento constrangedor para a mídia, a Rede Globo divulgou que um computador da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria sido encontrado na residência de Carlos Bolsonaro. Após dominar a internet e outros meios de comunicação, a informação foi finalmente desmentida, e coube novamente à âncora Daniela Lima o vexame de se desmentir no seu blog do G1, tendo que emitir a seguinte correção em 29/01/2024 às 17h03:
"Correção: computador da Abin não foi apreendido com Carlos Bolsonaro. O g1 errou ao informar na manhã desta segunda-feira (29) que um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido encontrado entre os pertences do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ)."
Na realidade, o equipamento da ABIN foi encontrado na casa de Giancarlo Gomes Rodrigues, também alvo da operação da PF. Giancarlo é ex-assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da ABIN durante o governo de Jair Bolsonaro. A esposa de Giancarlo é funcionária da agência. A Polícia Federal apreendeu o computador para investigar quem realmente o utilizava.
As investigações indicam que Giancarlo Gomes Rodrigues, sob ordens de Alexandre Ramagem, possivelmente realizou monitoramento injustificado de Roberto Bertholdo, advogado próximo aos ex-deputados Joice Hasselmann e Rodrigo Maia, considerados adversários políticos do governo à época.
Esses equívocos jornalísticos geraram uma série de questionamentos sobre a precisão e a integridade das informações veiculadas pela mídia tradicional, especialmente em questões políticas sensíveis.