O FBI, que tem sido acusado de se deixar politizar e utilizar como arma contra adversários políticos de Biden, deveria ter concentrado seus esforços em ameaças reais aos Estados Unidos, em vez de perseguir rivais políticos do atual presidente.
Na quarta-feira, o Departamento de Justiça (DOJ) e o FBI anunciaram que conseguiram interromper uma ampla campanha de ciberespionagem chinesa denominada Volt Typhoon, que havia infiltrado sistemas críticos da infraestrutura americana.
A operação Volt Typhoon foi detectada e divulgada pela equipe de cibersegurança da Microsoft em maio de 2023. A Microsoft identificou os autores do ataque como hackers patrocinados pelo estado chinês, desenvolvendo “capacidades que poderiam interromper a infraestrutura crítica de comunicações entre os Estados Unidos e a região da Ásia durante crises futuras.”
As conclusões da Microsoft receberam o apoio das agências de inteligência da aliança “Cinco Olhos”, que inclui EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A China negou as acusações e acusou os países dos Cinco Olhos de propagarem “desinformação.”
Inicialmente, acreditava-se que as atividades do Volt Typhoon estavam concentradas em Guam, com o objetivo de interromper as comunicações de rede americanas através do Pacífico em caso de um conflito com a China, como uma invasão de Taiwan por parte chinesa. Investigações posteriores revelaram que a operação tinha um alcance muito maior, incluindo alvos como portos da Costa Oeste, oleodutos e a rede elétrica do Texas.
A Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA) do Departamento de Segurança Interna (DHS) declarou em dezembro que a China estava claramente “posicionando previamente” ativos de guerra cibernética para “interromper ou destruir essa infraestrutura crítica em caso de conflito, seja para impedir que os Estados Unidos consigam projetar poder na Ásia ou para causar caos na sociedade americana.”