O executivo argentino, sob liderança do presidente Javier Milei, anunciou na segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024, a implementação de um decreto que estabelece a intervenção nas entidades de mídia controladas pelo estado. Este passo é visto como preliminar à possibilidade de privatizações futuras.
O decreto sublinha que, desde 20 de dezembro de 2023, as empresas estatais enfrentam uma crise abrangente que inclui desafios econômicos, financeiros, fiscais, administrativos, de previdência, tarifários, de saúde e sociais. Destaca-se a necessidade de uma reestruturação significativa dessas entidades para aprimorar a eficiência no setor público durante o período de intervenção.
Diego Martín Chaher, com duas décadas de experiência no Grupo América, um conglomerado de mídia argentino, foi designado como o interventor principal da Rádio e TV Argentina, além de liderar a supervisão das demais empresas estatais de mídia. Juntamente a ele, Diego Sebastián Marias, ex-parlamentar, atuará como interventor adjunto.
Os responsáveis pela intervenção terão a autoridade para revisar e ajustar os procedimentos de gestão financeira, inclusive alterando orçamentos ou estabelecendo novos regulamentos administrativos. Além disso, terão liberdade para realizar obras, efetuar compras, assim como contratar ou demitir empregados.
Este período de intervenção está previsto para durar um ano, com a possibilidade de prorrogação por período equivalente. Essa ação reflete os compromissos de campanha de Milei, que prometeu reduzir os gastos públicos através de um plano apelidado de "motosserra", criticando as mídias estatais como ferramentas de propaganda.