Nayib Bukele, presidente de El Salvador, obteve uma vitória esmagadora nas últimas eleições, confirmando sua força e popularidade ao ser reeleito com aproximadamente 83% dos votos, segundo resultados provisórios.
Esse resultado expressivo reflete o apoio do eleitorado às suas políticas, especialmente as de segurança, que reduziram drasticamente a violência no país. Sob seu governo, a taxa de homicídios por 100.000 habitantes caiu de 107 em 2015 para 2,3 em 2023, um feito notável que consolidou sua base de apoio entre a população salvadorenha.
Bukele também tem sido um inovador na economia, abraçando a tecnologia ao adotar o Bitcoin como moeda legal, um movimento audacioso que posiciona El Salvador como pioneiro na integração da criptomoeda na economia formal. Contudo, enfrenta desafios econômicos, com o crescimento lento e um aumento na pobreza extrema durante seu mandato. Esses fatores contrastam com a imagem de um líder que busca modernizar a economia do país.
Em um gesto polêmico de consolidação de poder, Bukele e o congresso destituiram o procurador-geral e substituiu 5 juízes da Suprema Corte, medidas que levantaram histeria de organizações internacionais sobre a "erosão da separação de poderes em El Salvador".
Apesar dessas ações, a popularidade de Bukele permanece alta, impulsionada pela eficácia de suas políticas de segurança e pela comunicação direta com o eleitorado através das redes sociais, onde ele frequentemente critica a imprensa tradicional e apresenta-se como um líder revolucionário contra o status quo.
Comparando a situação de Bukele com a do Brasil, é interessante notar que, enquanto Bukele adotou medidas drásticas de segurança e reformas econômicas audaciosas, o ex-presidente Jair Bolsonaro evitou tomar algumas dessas medidas decisivas.
A crítica às organizações internacionais que condenam ações percebidas como antidemocráticas em El Salvador, mas se mantêm silenciosas ou menos críticas em relação a ataques contra conservadores no Brasil, reflete uma percepção de duplo padrão na comunidade internacional.
Essa percepção reforça a narrativa de que líderes dispostos a desafiar as normas estabelecidas, como Bukele, enfrentam resistência não apenas dentro de seus países, mas também no cenário global, especialmente quando suas políticas desafiam interesses consolidados ou ideologias predominantes.