Em uma declaração contundente, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsabilizou o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela morte de Alexei Navalny, um dos críticos mais vocais do Kremlin, que faleceu em uma prisão siberiana nesta sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024. Biden caracterizou o ocorrido como mais um exemplo da brutalidade de Putin, não apenas em ações contra nações estrangeiras, como no conflito com a Ucrânia, mas também em atos atrozes contra cidadãos russos.
Navalny, que tinha 47 anos, morreu após passar mal subitamente durante uma caminhada na prisão. Apesar dos esforços da equipe médica, ele foi declarado morto. A causa específica de sua morte ainda está sob investigação.
Ele estava cumprindo pena por acusações de "atos extremistas", incluindo a criação e financiamento de uma ONG acusada de atividades contra o governo e de promover a "reabilitação da ideologia nazista". Essas acusações foram relacionadas ao trabalho de Navalny com a Fundação Anticorrupção, que ele fundou em 2011 e que foi posteriormente banida na Rússia sob a classificação de "extremista".
Biden expressou sua solidariedade com os cidadãos russos que lamentam a perda de Navalny, destacando-o como um indivíduo corajoso e princípios, dedicado a lutar por um Estado de Direito aplicável a todos na Rússia.
Líderes mundiais, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, também se manifestaram sobre a morte de Navalny, reiterando a acusação contra Putin e enfatizando a necessidade de responsabilização. Leonid Mikhailovich Volkov, um membro da oposição russa, interpretou o comunicado do serviço penitenciário como uma admissão de culpa na morte de Navalny.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, indicou que a administração americana está buscando confirmar os detalhes da morte de Navalny, ao mesmo tempo em que aponta responsabilidade ao governo russo.